Exclusão Racial

É do conhecimento de todas as pessoas, negros brasileiros e não só que, um sujeito de raça negra quando está no meio social, a interpelação com pessoas da raça branca suscita preocupação e repulsa. As mulheres escondem as bolsas, nas lojas, os seguranças ou as atendentes o colam, monitorando-o até sair da loja.
Nos autocarros (ônibus), o acento (dublo) ao lado  onde um não loiro, supostamente não de boa aparência é preenchida depois que não resta nenhum lugar vazio. Existem casos em que mesmo não havendo mais espaço para se sentar, sujeitos não brancos optam em ficar de pé. A impressão que nos toma é de se tratar de simples comportamento involuntário, livre de anomalia, afinal as pessoas estão livre de escolher entre sentar e não sentar.
Em um passeio∕calçada sem muita movimentação de repente uma pessoa branca, provavelmente de “boa aparência” e maioria dos casos idosa vê uma pessoa não de boa aparência, um homem negro, a atitude de inquietação, medo deixa se escapar. Se a estrada não estiver movimentada por carros atravessa para outra calçada∕passeio paralela.
Na luta pela procura de emprego, a boa aparência é tida como a mais preponderante e à frente das capacidades, a formação que o indivíduo possa ter. As repartições públicas e privadas estão repletas pelos sujeitos de “boa aparência”, pessoas acima de qualquer suspeitas. Neste cenário, o mais interessante é que a esmagadora maioria de funcionário das empresas e instituições públicas e privadas no Brasil é composta por indivíduos de raça branca, exceto nas funções mais subalterna, neste caso, funcionários∕as que fazem a limpeza e segurança. Em muitos casos, mesmo nestas tarefas subalterna, em instituições de grande gabarito valorado, as tidas como de prestígio são desempenhadas pelos indivíduos de raça branca.
É facto que inexistem pessoas de raça branca, loiros na coleta de lixo, loiros garis. Se existirem é um número que podemos estimas, provavelmente 1 % ou menos, ou seja, poucas pessoas.
Pessoas não loiras e, sobretudo negras, não de boa aparência permanecem em grande número fora do mercado de trabalho e fora da escolarização superior. Estas pessoas, usualmente frequentam as escolas públicas, estas isenta de investimentos acentuados em infraestruturas pedagógicas que elevem a qualidade na formação∕escolarização deste grupo racial. Esta situação é alimentada pela falta de políticas consistentes de integração racial e leis que podemos significa-las como familiares e subjetivas que abrem espaço para muitas interpretações nos órgãos da justiça e, consequentemente não punem e nem responsabiliza ninguém pelos atos da exclusão racial e social.  
Perante aos cenários acima descritos podemos constatar que o estar e ser loiro, branco tira  sujeito comportamentos, caráteres ilícitos dentro das sociedades brasileiras. À primeira vista, estes indivíduos carregam consigo a aparência inofensiva e desarma os, também, de boa aparência, algo oposto aos não de boa aparência e, em muitos casos de raça negra.




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